segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Caos Urbano

Belo Horizonte vem enfrentando nos últimos messes inúmeras mudanças decorrentes das obra que percorrem toda a cidade. Uma delas é a duplicação da avenida Antônio Carlos, investimento que ultrapassa os R$248 milhões de reais, está iniciativa tem a participação com o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

A obra tem como objetivo aumentar para 12 as faixas de tráfego de circulação de veículos, sendo distribuídas em quatro pistas. O projeto conta também com a criação de sete viadutos, quatro faixas exclusivas para os ônibus, largura das pistas de 25 metros para 52 metros e cerca de 1.500 árvores a serem plantadas.

A Antônio Carlos é uma das principais avenidas de BH. Ela começa na região Central de Belo Horizonte, no tradicional bairro da Lagoinha e se estende até a direção norte, na Barragem da Pampulha. A avenida atravessa bairros populosos como Cachoeirinha, Aparecida, Bom Jesus e São Francisco.

Belo Horizonte é uma das cidades brasileiras que vão receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, e por isso a conclusão desse projeto é importante para a cidade, uma vez que a Antônio Carlos é um acesso direto ao Estádio Governador Magalhães Pinto, o popular “Mineirão”, onde acontecerão os jogos. Para receber a copa, de acordo o governador Aécio Neves, a duplicação da avenida Antônio Carlos é primeiro passo. "Estamos falando de um corredor que facilita a ligação da cidade com o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e também com o Aeroporto da Pampulha, além do próprio Complexo Mineirão/Mineirinho. Por isso, a importância desta obra e a razão pela qual o governo resolveu assumi-la. As obras caminham em uma velocidade extraordinária", concluiu o governador ao site http://www.marciolacerdabh.com.br/.

Para tranquilizar a população sobre os inconvenientes decorrentes da obra, o governo utiliza a seguinte frase “Os transtornos são temporários e os benefícios para sempre”. Uma forma de conscientizar a população da importância desta construção, por mais transtornos que ela vem a causar durante a sua realização.

A moradora Tânia Alves de Toro, de 51 anos, reside na rua Diamantina está vendo de perto as mudanças que estão acontecendo no bairro. A produtora de eventos que trabalha no Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH), reclama dos transtornos causados pela obra na Antônio Carlos. “É um caos total. Barulho durante todo o dia e à noite, além da sujeira e poeira. Minha casa fica coberta pelo pó. Meu filho e eu já até ficamos doentes”, afirma. Estes são alguns dos problemas encontrados em torno da obra. Tânia ainda relata o problema no trânsito. “A circulação de veículos ficou muito lenta. Congestionamentos todos os dias, principalmente nos horários de pico”, disse.

Outro fator também entristece a moradora é a partida de seus antigos vizinhos, que moravam no bairro a mais de 50 anos. Eles tiveram suas casas desapropriadas por causa da obra, assim como alguns comerciantes como supermercado, farmácia e sacolão, o que fica mais difícil para os moradores do bairro. Mesmo assim, Tânia Alves vê de forma positiva a obra na avenida Antônio Carlos. “Depois da obra, os imóveis vão estar mais valorizados, a vista vai ficar mais bonita e o trânsito vai melhorar muito”, justifica.

O complexo da lagoinha é a parte que mais vem sofrendo com as obras da duplicação da Antônio Carlos. Ao passar pela região as pessoas enfrentam diariamente vários transtornos, desde congestionamentos quilométricos até desapropriação de terrenos para ampliação das avenidas.

Moradores e funcionários da região reclamam dos barulhos constantes e de principalmente de certas pragas urbanas como ratos, baratas e escorpiões, que se alastram desde o inicio das obras. A estudante universitária Daniele Aparecida reclama também da sinalização precária na região. “Envolvi em um acidente de transito devido a poucos dias devido o estreitamento das pistas, que faz com que carros andem muito próximos uns aos outros”.

Está prevista para finalização das obras em 31 de março de 2010. Até lá a população terá que contar com muita paciência para enfrentar problemas com estes.

Sem dúvida conviver nos grandes centros urbanos tem lá suas particularidades, barulho, poluição e estresse são uns dos ingredientes para criar um conturbado convívio social.
Ficar em casa e tirar uma boa noite de sono e ideal para recarregar as energias. O problema é quando este mundo ideal se tona seu pior inimigo.

O aposentado Claudionor Ribeiro de 63 anos, tem presa em mudar da região. Morador a cerca de 30 anos no bairro da Lagoinha acompanhou várias transformações onde vive, algumas delas nada interessante. “Fiquei sem energia elétrica por dois dias por causas das obras, tenho que tomar remédios controlados que ficam armazenados na geladeira, tive que deixá-los em casa de amigos para não estragarem”.
A criminalidade e o descaso público fizeram com que o bairro perdesse o seu “brilho” ao longo dos anos, além de ser um dos mais antigos de BH, ele possui uma grande importância no cenário cultural da cidade.

O bairro da Lagoinha por encontrar-se bem próximo do centro de BH e também da rodoviária estadual, necessita realmente de uma reestruturação física em vários aspectos, principalmente em vias que cortam a região, como é o caso da avenida Antônio Carlos.

A Lagoinha é bastante conhecido e muito frequentado, destaca-se no bairro o Uni-BH, a igreja Batista da Lagoinha é o Colégio batista Mineiro.
Criado por imigrantes italianos trazidos à época da construção civil da capital. O bairro foi por muitos anos o sinônimo da Boêmia em BH. A principal via de acesso ao local era pela Rua Itapecerica, onde aglomerava botequins e pensões. Explica seu nome por causa da sua origem, pois em seu surgimento a região era cercada por várias lagoas.

Hoje quase não se enxerga no bairro suas tradicionais características dos belos casarões da década de 60. A real mudança no cenário da região foi alterada drasticamente quando foi construído o túnel da Lagoinha - Concórdia, em 1971 junto com a duplicação dos viadutos que ligavam o Centro á zona Norte.

2 comentários:

  1. -Ortografia: meses (-1);
    -Concordância: das obras (-1);
    -Não se esqueçam de recorrer ao Manual de Redação;
    -Ortografia: esta (-1);
    -Vírgula entre sujeito e verbo: A produtora de eventos que... trabalha (-1);
    -Verbo por preposição: há mais de 50 anos (-1);
    -Acentuação: é (-1).

    Mais cuidados com o texto.

    Nota: 19/25.

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  2. Moro na rio novo, ta um caos, ja cheguei a chorar quando desço do onibus. Simplismente não tem mais passagem para os pedestres que moram na rio novo. Ta triste viu! tenho que descer de chinelo porque de salto não consigo passar no meio daquela zona, tenho que trabalhar de salto, levo o salto dentro da bolsa. é um constrangimento. Espero me mudar em breve daquele lugar!

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